sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O carro e a garagem

Nome do grupo: Celso, Leonardo, Ronei.
PROFª : Ana Kelly                          
Turma: 61 (6ª série)
DATA: 21/10/10

O carro e a garagem

  Um belo dia na casa de Juliana e sua família, na garagem, estavam o carro e a garagem discutindo.
- Oi amigão! – Disse a garagem.
- Oi! – Disse o carro.
- Se não fosse eu hoje, né? Essa chuva ia te molhar todo – disse a garagem.
- Ia nada! Não preciso que ninguém me ajude, mesmo eu molhado eu não molho meus donos, eu sou bom – disse o carro.
- Para com isso, nós somos amigos, somos uma bela dubla – disse a garagem!
- Não preciso de ninguém pare me ajudar - disse o carro.
- Se é para avacalhar, então tá! Saia de dentro de mim, então! Cara eu sou importante, eles sempre estacionam você aqui, eles botam um monte de coisa aqui – disse a garagem.
- Eles botam um monte de coisa aqui porque isso é um lixeiro – disse o carro.
- Nada a ver – disse, chateada, a garagem.
  Juliana e sua família vão sair. Eles vão ao Beto Carreiro!
- Viu? Eu sou mais importante! Eu é que vou levar eles no Beto Carreiro...Eu vou, você não!


  Moral: Quem tanto ajuda, nem sempre é ajudado.

O apontador, o lápis e a borracha

Nome do grupo: Luciano e Michael
PROF.ª : Ana Kelly                                   
Turma: 61 (6ªsérie)
DATA: 21/10/10


O apontador, o lápis e a borracha

Era uma vez um apontador que disse para o lápis:
- Por que é que você está tão confiante de si, se achando um montão?               Ora, porque se não fosse eu, não existiriam textos!                                               - Como assim? Claro que existiriam textos! Tem a minha amiga caneta.           - Ah, sou bem mais eu – disse o lápis.                                                                                      
- Ah, tá! A caneta não precisa de mim para escrever, já você sim. Sem mim, você não escreve – disse o apontador.                                                                                                  
 A conversa se desenrola e dura mais um tempo... Depois de um tempo, eles param de discutir. E chega a borracha.
- Que discussão foi essa aqui? – Perguntou a borracha com muita raiva.
- É ele aqui quer me convencer que é mais importante do que eu – respondeu o lápis.
- Mas eu sou mesmo! Disse o apontador.
- Quietos os dois! Ninguém é melhor do que ninguém. Você lápis precisa do apontador para escrever. E você apontador, precisa do lápis para trabalhar. Se não fosse o lápis o que você iria apontar? – Falou a borracha acabando com a conversa.
 E os 3 voltaram a suas funções.  



Moral: É que as pessoas precisam de ajuda de outras para obter as coisas, você só terá as coisas se ajudar um ao outro.

UM APÓLOGO

NOME: Pamela, Felipe, Bruna e Miriã.                              PROFª : Ana Kelly
Turma: 61
(6ª série)                                                                       DATA: 21/10/10

                                               UM APÓLOGO

      Era uma vez uma faca, um garfo e uma colher.
Estavam disputando para ver quem era o melhor e, então, o garfo disse:
_Eu sou o melhor! Porque meus donos adoram comer arroz, macarrão, etc. A colher foi se aproximando e juntando-se a elas já falou:
_O feijão também só pode ser comigo através de mim, a colher, por causa da sopinha, ou seja, o caudo dele. E a faca falou:
_De onde? Mas o que é isso? Vocês não fazem absolutamente nada! Quem faz quase tudo nessa cozinha sou eu! Seus preguiçosos! Sabem todos esses finais de semanas aí? Esses domingos e sábados, então, ultimamente, tenho cansado muito de tanto cortar carne e também o macarrão da sopinha do neném!
Todos os invernos eu sou usada para tomar sopa – disse a colher. E assim que ela terminou de falar os seus companheiros começaram a falar todos ao mesmo tempo... Eu sou o melhor. Que isso? Eu hein! Eu é que sou – disse a faca! Capaz – disse o garfo! Aí a colher, já cansada de ouvir o bafafá, das colegas chegou e falou:
_ Vamos parar com isso! Nós todas somos as melhores!
EeEeEeEeEe...


MORAL: Bem ao final, todas se deram conta de que eram um grupo e eram importantes!

A televisão, o sofá e o tapete

Nome do grupo: Katherine, Aline, Roque e Fernanda
PROFª : Ana Kelly                          
Turma: 61 (6ª série)
DATA: 21/10/10

A televisão, o sofá e o tapete


Um certo dia numa casa pequena e humilde, existiam um sofá, uma TV e um tapete que viviam discutindo para ver quem era mais importante para o dono.
_Hahaha... Olhe sofá! Ele está babando em você!
_ Hahaha... Olhe TV, ele te desligou.
_Aiai vocês não se enxergam mesmo né?  É claro que o dono me acha mais importante – disse o tapete.
E o sofá retruca:
_Ai tapete, diz para mim quem é pisoteado quando tem festa?E quem é jogado na máquina de lavar?
  Um certo dia, os donos ganharam um cachorrinho que destruiu tudo. Rasgou o sofá, sujou o tapete e destruiu a televisão. Enfim, eles se entenderam, pois ficaram unidos no lixo e não pertenciam mais ao dono.

MORAL: Não pise em quem está por baixo, pois você pode ir mais fundo ainda...


·         Conclusão de Katherine: Eu aprendi com esse trabalho a importância de trabalhar em grupo. E mesmo que demore para fazer um texto, fazendo com carinho sempre vai dar certo.
·         Conclusão de Aline: Eu conclui que temos que ter respeito por quem está por baixo e não ofendê-lo (s) ainda mais.
·         Conclusão de Fernanda: Minha conclusão é que temos que respeitar o próximo.

Contos produzidos pelos alunos da turma 61!

Os alunos da turma 61 estão de parabéns pelos excelentes contos que produziram! Após ler o conto de Machado de Assis, fizeram uma releitura e produziram seus próprios Apólogos!


Parabéns escritores! Continuem assim...
Beijos da Profª Ana Kelly e da Roberta!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Conto, Machado de Assis

Um Apólogo
Machado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

 


Tecendo saberes...

Eu (Profª Ana Kelly), a assessora pedagógica do NTM, Roberta Fantin, a Profª Malu e a Profª Flaviana estamos realizando um Projeto com a turma 61 nas aulas de Língua Portuguesa, Geografia e Matemática. Este consisti na releitura das obras de Maria Celeste, leitura e produção de contos e pesquisa sobre a nossa região. Para tanto, o laptop XO está sendo utilizado para pesquisa sobre a vida do autor Machado de Assis, sobre a vida de Maria Celeste Neves e produção dos textos. Os alunos da turma 61, ainda, apresentaram alguns trabalhos manuais inspirados no conto "Um apólogo", de Machado de Assis e nas obras da artista Maria Celeste.

Projeto Tecendo saberes